quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

MEC sabia que haveria questão anulada no Enem 2009, mas não avisou alunos

MEC sabia com antecedência que haveria uma questão anulada na prova de português do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2009, mas não avisou os alunos, segundo reportagem do jornal O Globo desta quarta-feira (9).
Trata-se das perguntas 101 nas provas amarela, azul e rosa, e da 102, na prova cinza, que foram anuladas por conterem mais de uma alternativa correta.
Segundo a reportagem, a falha foi detectada por revisores do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), autarquia do MEC responsável pelo exame. Mas, como a prova já estava em impressão na gráfica, o órgão "entendeu que não havia tempo suficiente para corrigir o erro no teste de língua portuguesa". E a decisão foi manter a prova como estava.
O Inep informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não vai comentar o assunto.

Gabarito embaralhado

Na noite de domingo (6), cerca de uma hora depois da publicação das respostas oficiais, o Inep informou ter identificado problemas no gabarito oficial da avaliação.
Leitores do UOL Educação já haviam informado vários problemas no gabarito oficial. As observações foram remetidas à assessoria de imprensa do Inep. Os gabaritos foram retirados do site do Inep.
O gabarito corrigido foi ar no começo da tarde de segunda-feira (7).

Abstenção recorde

Mais de 1,5 milhão de alunos faltaram ao primeiro dia de provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2009. Os ausentes foram 37,7% do público total esperado no exame. Ao todo, 4.147.527 candidatos se inscreveram para a avaliação.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que considera dentro dos padrões de normalidade. "De tudo que ouvi de especialistas da área, da Cesgranrio, do Cespe [instituições que organizam concursos públicos], é natural um aumento da abstenção quando o exame se realiza muito depois da inscrição", disse o ministro. Por causa do furto de provas do exame, o período entre a inscrição e a aplicação da prova foi de quase cinco meses.

Perguntado se haverá renovação no Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Eduacionais Anísio Teixeira), responsável pelo Enem, o ministro respondeu apenas que vai aguardar o final das investigações sobre o furto da prova. Ele informou que tomará as providências necessárias quando receber o inquérito policial e o resultado da auditoria.

Fraude adia exame

A avaliação, que deveria ter sido aplicada nos dias 3 e 4 de outubro, foi cancelada por conta do vazamento de seu conteúdo. Após a constatação da fraude, o MEC interrompeu o contrato com o Connasel (Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção), consórcio que estava responsável pela execução do Enem.
Em regime de urgência, o Cespe (Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília) e a Fundação Cesgranrio foram contratados para executar o novo exame. Os custos já atingiram R$ 131,9 milhões.

Fonte: UOL

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